[JT]: Olá Tiago. Quanto a Deus, todos sabem o quão especial ele é... daí a alcunha!!! Por vezes não é fácil aceitar o que diz, o que faz ou até mesmo o que pensa. Mas é Deus! Tem sempre razão! E quando assim é, para nosso bem, devemos subjugar-nos à força divina!
[TP]: O que se passou na primeira passagem pelo Santa Clara para saíres a meio do campeonato com a equipa nos lugares de subida?[JT]: Eu fui forçado a abandonar a equipa em função do trabalho que desempenhava na altura. No início da época trabalhava durante o dia, mas a partir de Janeiro dessa época, com a passagem para part-time, fui obrigado a trabalhar à noite, ficando impedido de treinar. Ainda me foi proposto continuar, indo aos treinos que pudesse e continuar a jogar, mas por respeito aos meus colegas, não o fiz. Era injusto para eles e isso não admitiria.
[TP]: Como descreves a tua passagem pelo S.João?[JT]: Em poucas palavras, bastante positiva. Tive a oportunidade de trabalhar com pessoas de qualidade indiscutível nesta modalidade, o que me permitiu evoluir bastante enquanto jogador. Acima de tudo, pude perceber que Futsal é muito mais do que ter bons pés e saber o que fazer com a bola. A nível táctico aprendi bastante, porque trabalhei aspectos que até então desconhecia ou não dava importância. Apesar de não ter jogado o que desejava no S.João, não sinto que tenha sido tempo perdido. Antes pelo contrário. Sempre trabalhei para um dia poder ser visto como um jogador importante no plantel. Essa é a minha forma de estar.
[TP]: Quais as principais diferenças que encontraste ao passar de uma 3ª nacional para a 1ª distrital?[JT]: A grande diferença prende-se, a meu ver, com a vertente táctica do jogo. No distrital a grande maioria das equipas são muito pouco rigorosas nesta componente do jogo. Na 3ª divisão tive oportunidade de ver que isso era já muito bem explorado. O jogo quando pensado dá muitos resultados. Para além disso, considero que a grande diferença se prende com a emotividade dos jogos do distrital. Já não me lembrava de como era um jogo assim! Muita intensidade, tensão e nervos à flor da pele! Neste capítulo, atribuo a culpa aos (fracos) árbitros que apitam nesta divisão. Eles são, por vezes, os grandes culpados pela fraca qualidade dos jogos.
[TP]: O que falta neste plantel para conseguir ser mais regular?[JT]: Vejo neste plantel qualidade suficiente para jogar numa divisão que não a 1ª distrital. Isso diz muita coisa, mas não é tudo e pode não chegar. Acima de tudo, acho que teremos de ser mais unidos enquanto equipa. Temos de sentir que somos muito próximos uns dos outros e que estamos dispostos a tudo dentro de campo pelos colegas. Relativamente ao jogo, acho só que poderíamos ser mais calculistas e pensá-lo um pouco mais de forma a sermos mais objectivos.
[TP]: Quais são as tuas principais virtudes? E defeitos?[JT]: São tão poucas as virtudes que nem sei se terei alguma! Acho que principalmente a minha maneira de encarar a vida: com alegria. Essa sim, será talvez a grande virtude. Obrigado aos que me ajudam a viver a vida desta forma.
O principal defeito é não saber perder… e não conseguir dizer a Deus que ele não tem razão!
[TP]: A nível de treinos, o que achas dos do Santa Clara em comparação com os do S.João?[JT]: São diferentes, como é óbvio. Posso afirmar que a grande diferença se prende com a componente táctica, que no S.João é muito trabalhada. No Santa Clara, essa vertente do treino não é tão explorada, mas isso também tem muito que ver com o campeonato que o clube disputa. Para além disso, uma outra diferença é a metodologia utilizada pelos treinadores em causa. O Arlindo usa uma abordagem muito mais teórica para trabalhar os aspectos que considera fundamentais no jogo, enquanto que o Melo tenta estar mais próximo dos jogadores, não fazendo tanto uso desse quadro teórico. O Melo sabe muito bem explorar a vertente humana dos seus jogadores, e isso, a meu ver, pode vir a ser determinante.
[TP]: O que o Santa Clara teria que mudar para ter a estrutura de uma equipa de nacional?[JT]: Infelizmente… dinheiro. Actualmente, essa componente traz muitos benefícios às equipas. É possível investir em condições de trabalho, jogadores, equipa técnica, de forma a melhorar a qualidade do trabalho que se desenvolve. Relativamente ao Santa Clara, que não dispõe dessa capacidade financeira dos clubes da 3ª divisão, creio que primeiramente, terá que haver uma mudança de mentalidade. É preciso que se dê ao futsal a importância devida, como em tempos foi dada. Não é preciso lembrar que este clube já jogou nos nacionais, e que nessa altura, a estrutura era bem diferente do que é agora. Quem geria o clube via certamente no futsal um trunfo que potenciava a actividade do clube.
[TP]: Achas que o Santa Clara evoluiu nos últimos anos que estiveste fora? E tu?[JT]: Sim. A nível de trabalho, houve indiscutivelmente uma evolução bastante positiva. Parece-me que agora o Santa Clara tem muito melhores opções do que o que tinha quando abandonei o clube há 4 anos atrás, e creio que muita dessa evolução se deve ao Melo. Nos últimos anos, passaram muitos treinadores pelo clube, e isso não foi benéfico. Com a chegada do Melo e com a sua vontade de levar o clube para os lugares que merece, o grupo parece ter adquirido algo que já não existia há algum tempo: sentimento de pertença e perseverança.
Relativamente a mim, nos últimos anos tive a oportunidade, como todos sabem, de trabalhar com pessoas (jogadores e treinadores) dotadas de muita qualidade e, aliando isso à vontade que tinha (e continuarei a ter) de aprender, permitiu-me evoluir quer como jogador, quer como pessoa. Hoje, percebo o jogo de forma bem diferente do que o que percebia há uns anos atrás, tendo sido a experiência no nacional de futsal determinante.
[TP]: Quais são os 10 princípios básicos da defesa do consumidor da União Europeia?[JT]: Boa pergunta… para a qual não tenho resposta! Poderei falar-te do comportamento do consumidor, que relativamente a isso até tenho formação… Aliás, todos temos. Todos somos consumidores… Todos sabemos como nos comportamos, só não sabemos porque é que nos comportamos de determinada maneira. Se quiseres, explico-te todas as componentes que influenciam o comportamento do consumidor… agora sobre a defesa do consumidor… esquece!
[TP]: Não te preocupes João, porque como bom jornalista que sou, o trabalho de pesquisa é algo que me é intrínseco. Assim, posso responder por ti a essa pergunta sem qualquer tipo de interesse:1. Compre o que quiser, onde quiser
2. Se não funciona, devolva.
3. Procure elevadas normas de segurança para géneros alimentícios e outros bens de consumo
4. Saiba o que come
5. Os contratos devem ser justos para os consumidores
6. Por vezes, os consumidores podem mudar de opinião
7. Facilitar a comparação do preço
8. Os consumidores não devem ser induzidos em erro
9. Protecção durante as férias
10. Vias de reparação eficazes em caso de litígios transfonteiriços