domingo, novembro 18

"Só vamos recear quem for regular"

Cá estou eu de volta para mais uma entrevista! Desta feita, viemos ter com o "Flash" para lhe fazer umas perguntinhas...



[TP]: Boas Pedro. Pronto para a entrevista? Disseram-me que tu em benidorm facturaste...:) Esta época também já apontaste alguns tentos... É para continuar?

[PC]: Olá Tiago. Ora bem, em Benidorm, foram muitas as futeboladas na praia, mas o clima de descontracção em período de férias em nada se compara com o clima de competição do nosso campeonato. Quanto aos tentos que já apontei, e à continuidade dos mesmos, o tempo o dirá. Tenho muito trabalho pela frente, pois não tenho características próprias de matador.

[TP]: Porque é que és tão forte? Porque é que não páras de crescer?
[PC]: Os meus objectivos físicos para esta época são diferentes dos do ano passado. O meu plano de treino neste momento tem maior incidência nas capacidades motoras características do futsal.


[TP]: Viste os filmes dos Fantastic 4 para saber como se comporta a pedra?
[PC]:
Sim. Assemelho-me muito a ele do ponto de vista psicológico.

[TP]: Correres/jogares em bicos dos pés..estilo ou parvoíce tua?
[PC]: Quando era miúdo tive um problema de crescimento nos calcanhares, onde a acumulação de esforço me trazia dores incríveis. A solução era não os pousar no chão. Assim a resposta é: parvoíce minha.

[TP]: Como encaras a tua relação com a monica? A nível profissional, claro.
[PC]: Não tenho qualquer relação profissional com a Mónica, pois nenhum de nós tem o futsal como sustento. A todos os outros níveis, gosto muito da Mónica e sei que ela me adora. Que outra razão poderia haver para ela me dar tanta atenção?

[TP]: Pensas ir mais longe no futsal? Se sim quantos km? E para que lado?
[PC]: Já fui miúdo e como tal já tive sonhos. Já sonhei viajar de Norte a Sul pelo país, mas hoje tenho noção que o futsal está em 2º plano. Para já as viagens são pelo distrito de Coimbra, mas se a minha vida profissional o permitir, gostaria muito de ajudar o Santa Clara a expandir essa fronteira.

[TP]: Como avalias os resultados do santa clara até agora?
[PC]:
Sem dúvida, abaixo das nossas capacidades.

[TP]: Quais os grandes adversários no ataque à subida?
[PC]:
A longo prazo, dentro do grupo: Gatões, Domus Nostra, Ribeira e Sport, só vamos recear quem for regular.

[TP]: O Santa Clara está mais forte este ano que no ano passado?
[PC]: O grupo de trabalho neste momento é muito grande, o que penso que será benéfico para alguns e prejudicial para outros. Tendo em conta que a maioria dos atletas pertenciam ao grupo do final da época passada, arrisco dizer que estamos ligeiramente mais fortes.

[TP]: Como avalias quem saiu e quem ficou?
[PC]: Quanto às saídas, vou referir 3 nomes: João Moura – um jogador com muita qualidade mas muito imaturo. Só seria feliz em Santa Clara se a Mónica desencantasse injecções de motivação; Búzio – um atleta com muito potencial, ambição e gosto pelo trabalho na modalidade. Embora inexperiente, penso que em pouco tempo aprenderá mais do que muitos que jogam futsal há largos anos; Luís Santos – para mim, neste momento, o mais completo dos 3 jogadores. De regresso a casa desde a semana passada, sei que a sua contribuição será uma peça fulcral na evolução da equipa.
Quanto ao grupo que permaneceu, vejo muita qualidade mas por vezes pouca ambição e confiança.

[TP]: Qual é a sensação de ser um dos preferidos do treinador?
[PC]:
É bastante boa. Sem ela, conhecendo-me como conheço, surgiria o nervosismo e o medo com a bola nos pés, então aos poucos uso essa confiança para aumentar a minha auto-estima. Acima de tudo é uma sensação de recompensa pela dedicação e o trabalho realizado durante a semana.

[TP]: Nomeia 5 dos melhores jogadores de futsal com quem já treinaste/jogaste! [PC]: Independentemente das condições em que se encontram neste momento, e por razões muito diferentes: Pedro Ferrão (Académica) – porque nos seus tempos de Cernache era perfeito dentro de área, e foi grande professor de um dos melhores guarda-redes do distrito (Bruno Serra); Paulo Alves (Cernache) – porque é um exemplo a seguir pela dedicação e “saber estar” na modalidade e foi com ele que aprendi que um capitão não precisa de uma braçadeira para o ser; Tomé (Cernache) – porque foi com ele que aprendi que existe táctica e técnica no futsal; Leonel (Cernache) – porque foi com ele que aprendi a importância de saber defender; Ricardo (Cernache) – porque foi com ele que aprendi que o futsal é um jogo simples.

[TP]: Diferenças entre o antigo clube (Cernache) e Santa Clara? Adaptação?
[PC]:
Para o bem e para o mal, o futsal em Cernache é levado muito a sério. No Santa Clara encontrei um espírito mais descontraído que, dada a minha situação na altura, era exactamente o que precisava. O Cernache é uma equipa com jogadores muito experientes, orientados pela pessoa mais apaixonada pelo Futsal que eu conheço. No Santa Clara vejo uma equipa muito jovem cheia de potencial mas com muitos obstáculos pela frente, que se não forem superados, estagnam a evolução.

[TP]: Qual o clube onde te deu mais gozo jogar?
[PC]:
A.D.Poiares, no meu segundo ano de júnior, apenas pelo facto de termos jogado uma época inteira com um plantel constituído por 8 jogadores, em condições muito fora do vulgar.

[TP]: Opinião sobre os treinadores que tiveste e algo que tenhas aprendido com cada um.
[PC]:
  • António e Agostinho (Lordemão): Orientaram os meus primeiros toques na bola a nível federado. Com muito pouco conhecimento de futsal mas bons em relações humanas.
  • Paulo (Lordemão): Orientou-me numa fase em que já levava o Futsal mais a sério. Com relativamente pouco conhecimento de futsal, muito bom em relações humanas.
  • Jesus (Poiares): Ensinou-me os alicerces do Futsal, especialmente a nível táctico. Com alguma cultura de futsal, mas mau em relações humanas.
  • Fernando, Francisco Zeferino e Pimenta (União): Numa só época foram 3 treinadores, logo prefiro não me pronunciar…
  • João Moura (União): Vive o Futsal de uma forma muito peculiar, e com ele aprendi a importância dos contactos. Muito mau do ponto de vista humano.
  • Miguel Tente (Cernache): Como já referi, a pessoa mais apaixonada pela modalidade que já conheci. Foram 2 anos em que aprendi muito, mas também foram prejudiciais os minutos sem competição.
  • Miguel Melo (Cernache-B e Santa Clara): Um treinador com quem me identifico muito, e a quem devo o facto de ainda jogar Futsal. Apesar de discordar com algumas opções, dos treinadores que já tive, é o melhor treinador que conheço a nível humano. Construtivamente, aponto alguma inexperiência a nível técnico-táctico e por vezes o planeamento de treino.

[TP]: Obrigado “Pedra”. E obrigado Zé, uma vez mais, por me disponibilizares este espaço para as entrevistas! Um grande abraço à equipa, e até amanhã!

3 Cestos:

Anonymous Anónimo said...

Até parece mal não teres aqui nenhum comentário...
Já agora agradeço por tar nos 5 melhores com quem já treinaste. Depois pago o café que tou a dever.
Abraço

23/11/07 01:00  
Anonymous Anónimo said...

Que seriedade nesta entrevista! Que classe…
Um forte abraço

23/11/07 13:07  
Anonymous Anónimo said...

Como podes dizer bem do melo assim...depois de ele ter posto 3 colegas teus a andar?

24/11/07 00:40  

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